Mais uma seleção de boas leituras, que ficam ainda melhores acompanhadas por uma taça de vinho. Livros deliciosos, pequenos contos, regras (regras?), biografias, crônicas, relatos jornalísticos de momentos históricos, história, viticultura: vinho, vinho, vinho, vinho!
Sem muita volta e enrolação, um resuminho de cada livro – e todos eles com os links nos títulos pra quem já quiser começar a ler logo.
Saque uma rolha e boas leituras – e aguardamos dicas !
(reparem bem: quase todos os nossos livros estão bem lidos e relidos cheios de marcações)
Wine Simple, por Aldo Sohm (Clarkson Potter/Publishers)
ah, esse livro…Começar por aqui é até uma maldade: que livro! Uma beleza, do início ao fim, lindamente ilustrado e didaticamente simples. A simplicidade prometida no título é entregue no livro, que também surpreende, como um belo rótulo. Te prepara pra sentar e não levantar mais.
Sua Excelência o terroir, por Guilherme Pinz (wonderful editora)
Guilherme Pinz é geólogo e sommelier, um apaixonado por vinhos que viajou o mundo, com mais presença na Europa e na América do Sul. Das viagens trouxe experiências, conhecimento e vivências, relatadas em uma publicação que pode ser útil para diversos perfis ligados ao mundo do vinho.
Robert Parker, o imperador do vinho, por Elin McCoy (editora Campus)
pois o nome dele virou até substantivo: parkerização – que seriam os vinhos com teor alcoólico mais elevado e com mais aromas e gostos amadeirados. O caso é que o ex-advogado virou referência mundial quando se fala em vinhos e sistemas de pontuação e classificação, e é um daqueles que, no mundo do vinho, está na medida do: ame ou deixe. A escolha é de cada um.
O julgamento de Paris, por George M.Taber (editora Campus)
escrever algo sobre esse livro deveria ser muito fácil, mas é difícil. O texto de George Taber, único jornalista presente no evento que revolucionou o mundo do vinho, prende do início ao fim. Mas ele não foca apenas no famoso Julgamento, uma prova que, às cegas, comparou os vinhos produzidos na França com os produzidos na Califórnia. O Julgamento de Paris mudou o mundo do vinho, valorizou – ou inflacionou – o mercado dos rótulos americanos e acendeu um alerta perigosíssimo para o Velho Mundo. Difícil – e caro – de achar, mas vale a leitura.
Vinhos do Brasil, por Valdiney C. Ferreira e Marieta de M. Ferreira (FGV Editora)
um livro de história. Uma obra que é contada a partir de pessoas que vivem o mundo e o mercado do vinho no Brasil, um trabalho de fôlego realizado por pesquisadores que tiveram a brilhante iniciativa de resgatar a história oral do vinho gaúcho – o mais representativo do país.
O connaisseur acidental, por Lawrence Osborne (editora Intrínseca)
esse é um livro grudento. E não, não, grudento não é negativo, é um baita elogio. Grudento no sentido de bom, de não conseguir largar mesmo. O Lawrence Osborne é um jornalista e escritor inglês que na real é cidadão do mundo. A wikipedia diz que ele mora em Bangkok – e sim, deve morar mesmo. O cara é sarcástico, humorado – para o bem ou para o mal, irônico e muito, mas muito inteligente. E nos leva junto com ele numa viagem harmonizada cheia de descobertas, e reflexões – e decepções também, porque assim é a vida – pelo mundo do vinho.
Wine Girl, por Victoria James (editora Harper Collins)
now we’re talking: esse ainda não tem em portuguese, mas damos uma resumida por aqui. Quando tinha 21 anos a Victoria James se tornou a sommelière mais jovem dos Estados Unidos, trabalhando num estrela do restaurante Michelin. Ela estudava pacas, trabalhava muito e sabia demais, mas pra muita gente era considerada só uma ‘wine girl’. Algo tipo a guria do vinho. Mas assim, cá entre nós: tá bom esse cargo, né?
As novas regras do vinho, por Jon Bonné (editora Companhia de Mesa)
estou me dando conta que poderia ter feito a fila ao contrário: este é outro bem bom pra ler assim, meio blasé. A começar pelo título que fala de regras – mas caiu aqui: regra pra vinho? não, né? E sim, o livro é meio que uma brincadeira com isso – apesar da capa dura e do aspecto ‘sisudo’ da edição. Na verdade no título a palavra utilizada poderia ser ‘dicas’, ficaria mais simpático mesmo. Porque são dicas que o autor dá, bons toques, tipo assim: não tema a doçura. Atire a primeira pedra quem nunca fez careta pra um vinho mais docinho. Outra que as adapta não somente ao vinho, mas também à vida: Imperfeições são inevitáveis; não se incomode.
Contos de Vinho, por Taiana Jung e Rui Marcos (editora Máquina de Livros)
o último da fila, mas que talvez seja o melhor pra iniciar a leitura. São pequenas histórias curiosas por trás de cada rótulo, desde peças de arte escondidas em rótulos de vinícolas nem tão conhecidas até ícones de grandes marcas. Você sabe, por exemplo, o que o escritor pelotense João Simões Lopes Neto tem a ver com vinho? Pois leia e descubra.
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