Especializada sobretudo em rótulos da Borgonha, a Govin organizou um evento e gentilmente estendeu convite para mostrar suas novas importações. Desta vez, abriu mais o leque para outras denominações de origem e países, mas sem deixar de apresentar muita coisa da Borgonha. A seguir, alguns dos meus destaques, buscando privilegiar vinhos de diferentes estilos, regiões e faixas de preço.
Reiterpfad G.C. Riesling 2016, Dr. Bürklin-Wolf
Bürklin-Wolf é um tradicional produtor do Pfalz que elabora oito Rieslings de vinhedos Grosse Lage, equivalentes aos Grand Cru franceses. Destes, quatro são mais acessíveis, incluindo o Reiterpfad. Um Riesling exuberante e intenso tanto no olfativo quanto no palato, com alta acidez, notas petroladas, ótima estrutura e profundidade. Preço de R$ 890.
Brunello di Montalcino Nicco 2018, Capanna
Uma agradável surpresa deste produtor concentrado na área de Montosoli, norte de Montalcino. Chamou a atenção a orientação nordeste do vinhedo, algo que pode fazer a diferença em uma região que tanto sofre com o aquecimento global. Um Brunello elegante e mais fresco, com aromas de frutas vermelhas e notas de ervas verdes. Mostrou alta acidez, taninos granulosos, boa estrutura, fruta presente também no palato e corpo médio. Uma ótima opção para quem quer fugir do estilo mais frutado e encorpado de muitos vinhos da região. R$ 990.
Volnay 1er Cru La Gigotte Monopole 2013, Vincent Perrin
La Gigotte é um dos vinhedos de Volnay com vinhos de duas classificações, já que somente aqueles com uvas de parcelas na parte oeste podem ser engarrafados como Premier Cru. Outra peculiaridade é a safra: 2013 deu origem a vinhos austeros, algo claro neste Pinot Noir. Lembrou mais Pommard que Volnay, com fruta discreta, baixa concentração e notas de ervas e raiz. Boa acidez e tensão, com taninos bem presentes e nota terrosa. Para quem gosta de vinhos mais leves e austeros. R$ 990.
Savigny-lès-Beaune 1er Cru Les Narbantons 2020, Domaine François Buffet
Baseada em Volnay, a Domaine François Buffet tem longa tradição e foco sobretudo em Premiers Crus em Pommard e Volnay. Este Les Narbantons destoa na geografia, mas mantém o estilo tradicional deste produtor. Frutas negras e vermelhas, com notas florais mais intensas no nariz, mostrou gustativo de maior densidade e concentração, com boa acidez. Um vinho mais redondo e diametralmente oposto do anterior, para quem gosta de Borgonhas mais frutados e opulentos. R$ 590.
Mâcon Cruzille Clos Des Avoueries Monopole 2020, Château de Messey
Produtor de médio porte do Mâconnais que recentemente converteu seus vinhedos para agricultura orgânica certificada. Este é um de seus vinhos de entrada e mostrou uma ótima relação custo-benefício. Olfativo em estilo redutivo, com notas de pólvora, frutas brancas (pêssego) e toque de madeira, um Chardonnay leve e de alta acidez. Sem ser um vinho profundo ou de muita estrutura, mostrou a tradicional textura dos brancos do Mâconnais. Boa pedida a R$ 190.
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