Qual o melhor vinho italiano? Esta é uma pergunta difícil de responder, pois envolve muitas variáveis, boa parte delas subjetivas. Uma alternativa para tentar responder esta pergunta é compilar a opinião de diversos críticos de vinho, usando algum critério que eles tenham em comum. E foi isso que o Wine Searcher fez, agregando as notas para vinhos italianos de mais de 400 críticos.
Obviamente, esta metodologia tem uma série de falhas. Uma das principais é alocar o mesmo peso para todos os críticos, sem levar em conta experiência, profundidade ou capacidade. No entanto, serve como um interessante indicativo de como os críticos de vinho avaliam vários vinhos italianos. Curiosamente, apenas duas regiões italianas contaram com vinhos neste top 10: Toscana (sete) e Piemonte (três).
O pódio
O Barolo Riserva Monfortino, de Giacomo Conterno, acabou no topo do pódio, com uma pontuação média de 96 pontos (a publicação não abre os decimais que o diferenciaram dos demais). Foram 150 críticos avaliando este vinho, mas repare que não há menção à safra, assim como no caso de todos os outros. Um verdadeiro símbolo do estilo tradicionalista no Barolo é, dentre os vinhos desta lista, o mais caro. Este Nebbiolo tem preço médio de US$ 1.474 por garrafa.
O pódio fechou com dois vinhos da Toscana. Em segundo lugar, ficou o Masseto Toscana IGT, um dos mais conceituados Supertoscanos da Itália. Este monovarietal de Merlot obteve uma pontuação média de 96 pontos usando as notas de 251 críticos, a segunda maior amostra de todo o painel. Já o terceiro foi um Sangiovese, o Il Marroneto Brunello di Montalcino Madonna delle Grazie, também com 96 pontos.
Fechando a lista
Dois outros vinhos da Toscana, ambos também elaborados a partir da Sangiovese, vieram a seguir. O Flaccianello della Pieve da Fontodi, um elegante representante desta vinícola que adota o cultivo orgânico em seus vinhedos, é o mais acessível da lista, com preço médio de US$ 175. Ele foi seguido pelo Brunello di Montalcino Cerretalto da Casanova di Neri, um produtor que se destaca pelo respeito às tradições, com vinhos que aliam complexidade e equilíbrio.
A Nebbiolo volta à lista, com o Vite Talin de Luciano Sandrone em sexto lugar. Este vinho foi elaborado pela primeira vez na safra 2013, usando seleção massal a partir de uma única planta de Nebbiolo, que, para Sandrone, gerava sempre os melhores vinhos. Sua escassez tem preço: US$ 490. A uva principal do Piemonte figurou também no oitavo lugar, com o Barolo Monvigliero de G. B. Burlotto, um exemplo de elegância.
Também compondo a lista dos dez melhores, dois outros Superstoscanos. Solaia, um corte de Cabernet Sauvignon, Sangiovese e Cabernet Franc da Antinori (sétimo lugar) e Sassicaia, da Tenuta San Guido. Em décimo lugar, este Cabernet Sauvignon com um toque de Cabernet Franc) atraiu 411 críticos, sendo o mais citado. Fechou a lista na nona posição o Occhio di Pernice Vin Santo di Montepulciano da Avignonesi, um tradicional vinho de sobremesa da Toscana.
A lista dos 10 melhores
Produtor e vinhoNotaPreço (US$)Giacomo Conterno Monfortino, Barolo Riserva DOCG 961.474Masseto Toscana IGT 961.065Il Marroneto Madonna delle Grazie, Brunello di Montalcino DOCG 96 359Fontodi Flaccianello della Pieve Colli della Toscana Centrale IGT 96 175Casanova di Neri Cerretalto, Brunello di Montalcino DOCG 96 374Luciano Sandrone Vite Talin, Barolo DOCG 96 491Marchesi Antinori Solaia Toscana IGT 95 402G. B. Burlotto Barolo Monvigliero, Barolo DOCG 95 517Avignonesi Occhio di Pernice Vin Santo di Montepulciano 95 469Tenuta San Guido Sassicaia Bolgheri 95 373
Fonte: Wine Searcher
Imagem: Free-Photos via Pixabay
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