Conhecer um pouco mais sobre as diversas expressões das uvas brancas autóctones de Portugal. Esta foi a intenção de uma degustação às cegas com seis vinhos de diversas regiões da “terrinha”. A seguir minha impressão dos vinhos degustados.
Monte da Peceguina 2021, Herdade da Malhadinha 13%
Corte de 30% Arinto, 25% Antão Vaz, 20% Verdelho, 15% Viosinho e 10% Encruzado, com uvas de cultivo orgânico do Alentejo. Sem passagem por madeira. Um vinho que agradou pela tensão e complexidade. Coloração amarelo palha de reflexo verdeal, com olfativo marcado por aromas cítricos, florais e de maresia. Um dos destaques da noite, com alta acidez, corpo médio e frescor, um corte de boa textura, longo e intenso, quase tânico. Importado pela Barrinhas, preço de R$ 299.
Encruzado 2011, Quinta da Falorca 14%
O único monovarietal do painel, também sem passagem por madeira. Infelizmente, deixou o seu melhor para trás, com olfativo trazendo notas oxidadas, de cereais maltados, frutas amarelas e nozes. No palato, um vinho do Dão com boa acidez, corpo médio a alto, já com excesso de notas oxidativas e bem untuoso, com frutas de caroço (pêssego em calda) em destaque. WorldWine, R$ 254.
Marquesa de Alorna Grande Reserva 2019, Quinta da Alorna 13%
Este corte de seis uvas, originário do Tejo, foi o vinho da noite. Fermentação e estágio de 10 meses, 50% em tanques de inox e 50% em barricas novas de carvalho francês. Amarelo palha, mostrando estilo redutivo evidente no olfativo, com destaque para aromas de ervas verdes e benzina. Na boca, um vinho de alta acidez, elegante e intenso, com boa untuosidade, profundidade e persistência. Adega Alentejana, R$ 280.
Douro DOC Branco 2021, Maçanita 12,5%
Corte de 70% Viosinho, 20% Arinto e 10% Gouveio. Vinificação inteiramente em inox. O vinho de entrada do Douro de António Maçanita encantou pelo frescor e tensão, embora sem grande profundidade. No olfativo, trouxe aromas de peras e frutas cítricas, com notas florais. Palato marcado por alta acidez e corpo médio, repetindo as notas cítricas e de fruta branca, um ótimo custo-benefício a R$ 148,50. WorldWine.
FP Bical e Arinto 2017, Filipa Pato 12,5%
Corte de Bical (80%) e Arinto (20%), de vinhedos orgânicos em solo argilo-calcáreo situado a 15km do Oceano Atlântico. Vinho ficou com suas lias, sem bâtonnage. Agora chamado de Dinamica Branco, mostrou evolução, com coloração amarela mais escura. No nariz, trouxe aromas de pólvora, pêssego amarelo, maresia e cal, com alta acidez, boa textura, elegância e vivacidade no gustativo. Casa Flora, R$ 208.
Redoma 2018, Niepoort 11,8%
Elaborado com vinhas velhas da margem direita do Douro, onde predominam as castas Rabigato, Códega do Larinho, Viosinho, Donzelinho e Gouveio. Fermentação com leveduras indígenas em barricas de carvalho francês de 228 e 500 litros, onde ficou cerca de seis meses. Um vinho que não mostrou o destaque de outras ocasiões, com olfativo marcado por frutas amarelas, com meio de boca mais intenso e quase tânico, talvez precise de mais tempo. WorldWine, R$ 338.
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