O espocar do Champagne ou espumante

Publico este post para, ao mesmo tempo em que darei minha opinião sobre este tema polêmico, saudar a todos vocês que me acompanharam ao longo do ano. Espero que continuem a fazê-lo ano que vem, nos prestigiando no WineFun e me dando este prazer.

Tenham paz, saúde e prosperidade neste ano que começa daqui a alguns poucos dias, comemorem com a justa medida do bom senso, com alegria e responsabilidade. Bem, todos os que gostam de vinhos, em especial dos espumantes, já ouviram falar que o espocar da rolha, com estardalhaço e quase sempre com o jorrar do líquido devido ao gás, é de mau gosto e errado.

Liberdade para espocar?

Mas em ocasiões festivas não pode? Alguns renomados e conceituados enófilos acreditam que sim. Mas eu vejo que nem tudo o que se vê fazer com os espumantes em comemorações, quase sempre esportivas, é correto, é mais uma liturgia do que qualquer outra coisa.

Se quiserem espocar seu espumante, bem o façam, mas saibam que não é justo e nem correto este ato para com o produtor e enólogo. Eles perderam um tempo grande justamente para com todo o zelo, guardar na garrafa este gás precioso. E é ele que dá vivacidade e alegria ao vinho, e que se perde em boa parte quando se abre de qualquer maneira.

Há quem defenda que nestas ocasiões festivas o espocar não é condenável. Mas eu sou da opinião que o que está certo, o estará sempre, em qualquer ocasião. E o que não está, ou é considerado errado, ou quando muito, meio certo!

Não custa ser elegante

Polêmicas à parte, que não é minha intenção, o que custa aos consumidores de espumantes, abrirem-no sempre da maneira elegante e correta? Diz a lenda que o espocar do Champagne foi incorporado desde a época de ouro nos EUA. Nos salões mais chics, o barulho do estourar das rolhas mostrava o poder econômico de quem os servia na mesa, chamando a atenção dos outros.

Coisa muito semelhante é hoje praticada nas boites mais caras e exclusivas. O Champagne é apresentado em séquito de garçons, com velas incendiárias e música próprias. Ser elegante sempre é de bom tom, não se pode negar!

Nestas festas, degustem seu espumante preferido, vejam que sempre uso o termo degustar e não beber. A diferença é que na degustação, todos os sentidos, como o tato, visão, olfato, paladar e audição estão em alerta, de prontidão, não é só deglutir.

Feliz Ano Novo

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão conhecido como O Engenheiro Que Virou Vinho, me dedico a comentar, escrever, divulgar, dar palestras e ministrar cursos de vinhos, bebidas destiladas e a harmonização com a gastronomia. Assino dentre outras mídias o site Divino Guia www.divinoguia.com.br

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Fotos: Álvaro Cézar Galvão, arquivo pessoal

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